domingo, 30 de outubro de 2011


Entrevista com
Hugo Sequeira

“Acredito que iremos sobreviver”


Foi com cortesia e bom-humor que estivemos à conversa com Hugo Sequeira, numa interessante entrevista sobre o seu percurso pessoal, profissional e académico. 

Aos 33 anos, estuda Ciências da Comunicação – Comunicação Pública, Política e Intercultural, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e “espera poder trabalhar em algo ligado à Política no futuro”.


POR MADALENA SILVA






Observando (O) – Antes de mais, talvez queira começar por apresentar-se?
Hugo Sequeira (HS) – Sim, claro. O meu nome é Hugo Sequeira. Nasci no dia 1 de dezembro de 1977. Tenho 33 anos. Sou natural de Sever, Concelho de Santa Marta de Penaguião, Distrito de Vila Real. Fui educado com os meus pais e a minha irmã. Vivo em Fontes, Santa Marta de Penaguião. Sou católico. Sou casado e tenho duas filhas, a Maria e a Inês. Trabalho como ferroviário na empresa Comboios de Portugal (CP) há 10 anos.

O – Com que idade começou a trabalhar?
HS – Comecei a trabalhar aos 20 anos. Estudei até ao 12.º ano. Depois, interrompi os meus estudos por opção própria, pois surgiu-me uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho. Fui trabalhar para a empresa Caves Santa Marta. Estive lá de março de 1997 a agosto de 1999, onde desempenhei tarefas de empregado de armazém.

O – Quando retomou os seus estudos e porquê?
HS – Em 2007. Senti a necessidade de ir em busca de algo mais, no que diz respeito à minha formação académica. Persegui, assim, um dos meus objetivos pessoais e licenciei-me, em 2010, em Ciências da Comunicação, na UTAD. 

O – Está no 2.º ano do Mestrado em Ciências da Comunicação – Comunicação Pública, Política e Intercultural. Por que é que escolheu esta variante: Comunicação Pública, Política e Intercultural?
HS – A minha escolha pela variante de Comunicação Pública, Política e Intercultural deve-se ao facto de desde cedo ter muito interesse pela comunicação, pelos jogos de palavras usados pelos políticos e suas estratégias para fazer passar uma determinada mensagem.

O – Esta variante está a corresponder às suas expectativas?
HS – Não muito, pois acho que deveria ser mais prática. Aguardo com expectativa o decorrer deste segundo ano.

O – Acha que este Mestrado pode ajudá-lo a abrir novas portas no mercado do trabalho?
HS – As dificuldades que o país atravessa fazem-me ter algumas dúvidas, mas penso que sim.

O – É uma pessoa ligada à Política?
HS – De momento, não tenho nenhuma ligação com a Política, mas está nos meus planos. No futuro, espero poder trabalhar em algo ligado à Política.

O – Tem um partido político?
HS – Tenho, mas não me encontro filiado.

O – Quer referir o nome do seu partido?
HS – Prefiro não o fazer.

O – Acredita no funcionamento da Política, em Portugal?
HS – Tenho que acreditar, ou melhor, todos têm que acreditar, pois as coisas não estão fáceis e o país está a atravessar momentos únicos que necessitam de políticos competentes.

O – Acredita nos políticos portugueses?
HS – Acredito. Não acredito é nos grupos económicos que os influenciam.



“Anos de desperdício”

O – O que acha desta crise económica e social em que vivemos?
HS – Acho que é o resultado de anos de desperdício e de pouco rigor por parte de todos os políticos que estiveram no poder. Nos momentos em que se devia ter procedido a reformas estruturais profundas, os políticos adiaram e hoje estamos a pagar por isso.

O – O que acha das novas medidas de austeridade?
HS – Sem ter grande conhecimento dos números reais do défice, acho que são duras, mas necessárias. Resta esperar que não surjam mais “buracos” escondidos a pôr tudo em causa.

O – Acha que os portugueses vão aguentar todas as medidas de austeridade que lhes têm sido impostas até ao momento?
HS – Penso que sim. Já demonstrámos ter capacidade de luta e união e este será um momento de pôr à prova todas estas competências que nos são reconhecidas.

O – Acha que Portugal vai sobreviver a esta crise?
HS – Só resta uma saída ao nosso país: cumprir as metas impostas e reverter a situação. Acredito que iremos sobreviver.



“Fotografar e conviver com os amigos”

O – Tem um blogue (http://thevoicecc.blogspot.com/). O que costuma publicar?
HS – Os artigos que escrevo semanalmente para um jornal da minha região, o “O Arrais”, entre outros.

O – Gosta de ver televisão?
HS – Sim. Gosto de assistir ao “Telejornal”, no canal 1 da Rádio e Televisão de Portugal (RTP1); ao “5 Para a Meia-Noite”, na RTP2; ao “Fica a saber”, na UTAD TV; entre outros. Quando era mais pequeno, gostava de assistir ao programa de desenhos animados do “Dartacão”, que passaram na RTP e depois na TVI. Atualmente, os meus programas preferidos são os debates e comentários políticos, emitidos na TV por cabo.

O – Qual é a música que gosta de ouvir?
HS – O Pedro Abrunhosa e os Guns N' Roses.

O – É simpatizante e, ou, sócio de algum clube de futebol?
HS – Sim, sou simpatizante e sócio do Futebol Clube do Porto (FCP).

O – Quais são os seus atletas preferidos?
HS – São os ex-futebolistas portugueses Domingos Paciência e Vítor Baia.

O – O que gosta de fazer nos seus tempos livres?
HS – O que mais gosto de fazer é fotografar e conviver com os amigos. Gosto imenso de sair com um grupo de amigos, com o qual vivo momentos inesquecíveis de diversão.

O – O que mais aprecia numa pessoa?
HS – A sinceridade e a capacidade de luta.

O – E o que menos aprecia numa pessoa?
HS – A hipocrisia.

O – Como se descreve a si próprio?
HS – Um lutador pelos “sonhos” que desde novo persigo, com a convicção de que com muito trabalho e muita dedicação são possíveis de alcançar.


domingo, 23 de outubro de 2011


Frederico Correia e Joel Teixeira: dupla do Douro no Porto Canal 




No passado dia 20, às 18 horas, ocorreu o segundo workshop de Jornalismo Televisivo, no âmbito da iniciativa intitulada “Workshops de Jornalismo –LABJORNAL I”, no Complexo Pedagógico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Frederico Correia e Joel Teixeira foram os oradores deste segundo workshop. Relatar experiências profissionais e dar a conhecer a rotina de uma equipa de reportagem televisiva foram dois dos objetivos deste evento.

Frederico Correia
Frederico Correia nasceu a 20 de junho de 1985 e vive em Vila Real. É Jornalista na empresa Porto Canal na mesma cidade, desde julho de 2010 até à data. Trabalhou no Mensageiro de Bragança dois anos e meio, até junho do ano passado. Licenciou-se, em 2007, em Ciências da Comunicação, na UTAD. Na mesma Instituição obteve mais tarde, em 2010, o grau de Mestre em Ciências da Comunicação – Jornalismo. Uma curiosidade a respeito de Frederico Correia: em tenra idade, jogou no Sport Clube de Vila Real, no qual viria a ser treinador mais tarde. Atualmente, diz que a sua “ligação é de simples adepto”. 


Joel Teixeira
Joel Teixeira nasceu a 23 de maio de 1989 e também vive em Vila Real. Foi Repórter de Imagem na empresa Visão Norte (TVI), na cidade onde vive, de setembro de 2009 a fevereiro de 2010. É atualmente Repórter de Imagem na empresa Porto Canal, em Vila Real, desde janeiro de 2011 até à data. Em 2007, concluiu o Curso de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade na Escola Profissional do Nervir, em Vila Real.
Foi com boa disposição que Frederico Correia e Joel Teixeira deram início ao workshop. Tinham muito para propor aos presentes, mas as duas horas de duração do mesmo eram demasiado curtas para levar a cabo todas as atividades que gostariam de realizar, sobretudo as mais práticas.

Importância da relação de trabalho entre jornalista televisivo e repórter de imagem 

Frederico Correia começou por frisar a importância que o repórter de imagem tem na vida do jornalista. Explicou que é necessário haver uma boa relação de trabalho entre os dois profissionais, para que o produto final seja aquele que se anseia. Acrescentou que sem o profissionalismo do repórter de imagem, a reportagem pode estar comprometida. “Nem tudo é um mar de rosas no jornalismo televisivo”, confessou. Ao longo do tempo em que se vai trabalhando, apercebe-se que nem tudo funciona como gostaríamos que funcionasse, partilhou. Para Frederico Correia, a paixão pelo Jornalismo fala mais alto: acredita que ajuda a tornar a vida de qualquer jornalista mais fácil face às dificuldades que às vezes surgem no dia a dia. De cada vez mais se gosta de fazer notícias e isso é realmente muito bom, concluiu com entusiasmo.

Paixão pela fotografia

Joel Teixeira fez questão de esclarecer no início que não é licenciado, mas que sempre nutriu uma grande paixão pela fotografia (site Olhares Fotografia Online e blogue). Apesar de ser jovem, soube agarrar as oportunidades de trabalho que lhe foram surgindo ao longo da sua ainda curta carreira. Terminou o Curso de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade, tendo ido trabalhar como fotógrafo numa loja, onde pôde desenvolver algumas das suas capacidades técnicas. Foi lá que também alimentou a paixão pela fotografia e adquiriu alguma experiência. Este foi um dos importantes trampolins para o atual trabalho que abraça na empresa Porto Canal.

Erros mais comuns e dificuldades no terreno 

Ambos apresentaram vários vídeos da sua autoria, com o intuito de explicar aos presentes alguns erros que eles próprios cometeram no terreno e que podem ser cometidos por qualquer equipa de reportagem televisiva.

De tripé e câmara de vídeo montados e microfone em mão, foi feita uma demonstração das posturas corretas que o jornalista e o repórter de imagem devem ter quando estão a gravar.


Frederico Correia e Joel Teixeira aproveitaram para falar sobre a reportagem que fizeram aquando do incêndio que, no dia 9 de setembro de 2011, deflagrou no Concelho de Vila Real e depressa chegou a quatro aldeias de Sabrosa, colocando algumas casas em perigo. O Jornalista referiu a angústia em que qualquer equipa de reportagem pode sentir no terreno numa situação destas. Se é certo que a equipa está no local para cobrir a notícia, também é certo que a mesma é composta por seres humanos que não ficam de forma nenhuma indiferentes ao desespero das vítimas de incêndio. Enquanto equipa de reportagem, existe uma vontade incontrolável de registar tudo quando se pode observar, pois afinal serão os olhos, os ouvidos e o nariz de quem lá não esteve, revelou Frederico Correia. Mas esta vontade vem acompanhada de um forte sentimento de solidariedade pelas vítimas que abala qualquer pessoa. Depois, não se pode esquecer que esta equipa de reportagem pode correr risco de vida, tal como a dos bombeiros, das vítimas e de todos aqueles que decidem ajudar em situações semelhantes. São situações muito difíceis de gerir, concluiu.

Assista abaixo ao vídeo da reportagem que fizeram aquando do incêndio, no passado dia 9 de setembro.





Foi assim num ambiente descontraído mas profissional que se pôde ouvir o Jornalista e o Repórter de Imagem a relatar as suas experiências profissionais. No final, os participantes ficaram com uma ideia do que é a rotina de uma equipa de reportagem televisiva.

Este evento foi da responsabilidade de Inês Aroso, docente de Laboratório de Jornalismo, da Direção do Mestrado em Ciência da Comunicação e da Direção do Departamento de Letras, Artes e Comunicação (DLAC), da UTAD.


Por: Madalena Silva
Em: 21/10/2011

sábado, 22 de outubro de 2011


Miguel Midões: " Tudo na rádio é som"




No passado dia 13, às 18 horas, ocorreu o primeiro workshop de Jornalismo Radiofónico, no âmbito da iniciativa intitulada “Workshops de Jornalismo – LABJORNAL I”, no Complexo Pedagógico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Dar a conhecer a rotina de um jornalista radiofónico e desenvolver as competências práticas dos participantes em técnicas jornalísticas nesta área foram só alguns dos objetivos primários deste evento. 



Miguel Midões foi o convidado para dar cara a este workshop. Nasceu a 11 de julho de 1982 e é natural de Luso, distrito de Aveiro. É Jornalista na empresa Rádio Onda Livre, em Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, onde desempenha “todas as funções que a um jornalista diz respeito”. Na mesma empresa, é também Coordenador da redação de informação local e Editor da CIR – Cadeia de Informação Regional, que abarca várias rádios: Rádio Onda Livre (Macedo de Cavaleiros), Rádio Brigântia (Bragança), Rádio Terra Quente (Mirandela), Rádio Ansiães (Carrazeda), Rádio UFM (Vila Real), Rádio Vinhais, Rádio Mirandum (Miranda), Rádio Alfandega FM (Alfândega da Fé) e Rádio Montalegre. A sua polivalência e o seu dinamismo ainda lhe permitem arranjar tempo para lecionar na área das Ciências da Comunicação, Marketing e Multimédia, no Instituto Piaget, em Macedo de Cavaleiros e Mirandela, distrito de Bragança. Em 2004, Miguel Midões licenciou-se em Comunicação – Comunicação Social, na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC). Mais tarde, frequentou a UTAD, onde obteve, em 2009, o grau de Mestre em Ciências da Comunicação – Comunicação Pública, Política e Intercultural.



Consciente da árdua tarefa que lhe foi solicitada para este workshop de duas horas de duração, começou por salientar que é pouco tempo para tudo o que tem a transmitir. Contudo, abraçou este desafio com um dinamismo surpreendente e brindou os presentes com abundante informação de grande interesse e utilidade, sobretudo para aqueles que estão ligados à área do Jornalismo.

Dificuldades no terreno e trabalho na rádio

Começou por falar das suas experiências profissionais e dos problemas que enfrentou logo após ter terminado o Curso. Referiu, brincando, que quando saiu da Universidade achava que “sabia tudo”, mas que rapidamente se apercebeu que estava errado. Foi aprendendo com os seus erros e uma enorme vontade de trabalhar a fazer o que gosta, ficando sempre atento a tudo o que o rodeava. Nos sítios onde trabalhou, nunca deixou de bater o pé em prol das suas convicções. Tinha noção de que era jovem, mas também conhecia alguns dos direitos e das obrigações de um jornalista, evitando a todo o custo a manipulação por parte das chefias. Neste contexto, um dos vários conselhos que deixou aos presentes foi: “Não gravem publicidades, se vos pedirem. Vocês são jornalistas!”.

Salientou que “tudo na rádio é som (notícias, trânsito, tempo, música, etc.), ou seja, tudo quanto é informação produzida numa rádio, pelos jornalistas, animadores ou operadores de som e sonoplastas é som!”. Como o tempo na rádio é curto e como só se pode contar com o som para transmitir o que quer que seja aos ouvintes, deve tirar-se o maior proveito do mesmo.

Formação técnica ministrada

Explicou o significado de “RM” (Registos Magnéticos) que atualmente também se chamam “RD” (Registos Digitais), som ambiente e efeitos sonoros. Falou da importância da música. Salientou que os sons na rádio têm que informar, credibilizar e dar ritmo. Referiu o perigo da manipulação e artificialização ao editar um som. Esclareceu o que deve ser eliminado na edição de um som e a duração ideal que este deve ter. E mencionou os tipos de sonorização que se devem utilizar, entre muito mais.

Também fez várias demonstrações com o programa informático AdobeAudition 1.5, que utiliza diariamente para o tratamento dos sons. De seguida, fez questão de fornecer aos presentes algumas indicações em formato digital sobre o funcionamento deste programa, para tentarem executar algumas das proezas por ele exemplificadas. Alguns conseguiram e outros não.

Erros mais comuns

Partilhou que, com alguma frequência, jornalistas com pouca experiência lhe entregam notícias demasiado longas, que não podem passar na rádio sem antes serem encurtadas. Explicou que este é um trabalho que leva a cabo de seguida, pois a notícia tem de ir para o ar, na maior brevidade possível. Disse ser mais fácil encurtar a notícia para quem “está de fora” como ele, no caso de ele próprio não ter ido para o terreno recolher informação para escrever a notícia. O poder de síntese do profissional que não foi para o terreno tem tendência a manter-se mais neutro, podendo este averiguar com mais facilidade o que é mais importante transmitir aos ouvintes.

Miguel Midões terminou o workshop ainda cheio de energia e pronto a elucidar quaisquer dúvidas aos presentes. No final, o ambiente era claro: quem esteve neste evento ficou com muita água na boca, à espera das “cenas dos próximos capítulos” de um segundo workshop radiofónico.

Este evento foi da responsabilidade de Inês Aroso, docente de Laboratório de Jornalismo, da Direção do Mestrado em Ciência da Comunicação e da Direção do Departamento de Letras, Artes e Comunicação (DLAC), da UTAD.


Por: Madalena Silva
Em: 14/10/2011

quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Acordo Ortográfico cria vidro das lamentações



Acordo Ortográfico (AO) gera desacordo entre alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Esta semana, os alunos do Departamento de Letras, Artes e Comunicação (DLAC) foram surpreendidos pela afixação de cartazes manifestando o descontentamento sentido face à aplicação do novo AO.





No ano letivo de 2011/2012, vai entrar em vigor o novo AO, seguindo o que foi decretado pelo Ministério da Educação. Já as novas regras do mesmo só serão obrigatórias a partir do próximo ano letivo de 2013/2014.

Apesar de a Professora Felicidade Morais achar que “todas as formas de protesto são válidas”, acredita que este protesto “não deve ter partido dos Cursos de Letras”. Lamentando ainda que “nos cartazes haja algumas informações que revelem falta de conhecimento do que está em causa (exemplo: a norma brasileira), mostrando desconhecimento das imposições que são obrigatórias, como o caso de “facto” que pode ser em grafia dupla”.

Segundo o Professor José Belo, o protesto “é uma forma que não é intrusiva na medida em que não se agride fisicamente ninguém, expressa apenas uma opinião”, salientando que, num primeiro momento, foi favorável ao acordo, estando agora em desacordo, logo apoia aquele ponto de vista. Porém, salienta que para ser contra o acordo “é necessário muito mais do que cartazes. Qualquer língua não se regula nem funciona através de acordos”. O Professor dá o exemplo da língua inglesa: “é uma língua que não necessita de acordos e é a mais falada no mundo. No Reino Unido, na América, no Canadá, na África do Sul e na Austrália o inglês é a língua materna sem acordo, tal como acontece com o espanhol”. Remata afirmando que “o acordo é de ordem económica”.

A discordância dos alunos relativamente ao AO assenta no facto de estarem “habituados a escrever desta forma", considera o Professor Álvaro Cairrão. "Do ponto de vista do facilitismo, estaria melhor como está, pois tudo o que é mudança causa transtorno às pessoas”, conclui o docente.

Já a aluna cabo-verdiana Célia Almeida mostrou-se a favor em alguns aspetos do acordo, mas considera que “era necessário mudar algumas palavras”, ideia partilhada pelo aluno Manuel Tapada que sustenta que a “única mudança é visual”.

A comunidade académica encontra-se dividida no que respeita ao AO, porém muitos professores concordam com esta forma de protesto. O docente Galvão Meirinhos afirma mesmo que “não devia ser só naqueles vidros, mas nos vidros de toda a universidade”.

Apesar de não haver conformidade a respeito do AO, esta forma de protesto tem suscitado grande curiosidade por toda a comunidade que frequenta o Complexo Pedagógico.

 
Por: Madalena Silva, Sandra Martins e Sofia Brum.
Em: 13/10/2011

sexta-feira, 7 de outubro de 2011


Morreu o inventor do iPhone e iPad: Steve Jobs


Fundador da Apple e inventor dos extraordinários e revolucionários iPhone e iPad morre aos 56 anos. O norte-americano Steve Jobs rendeu-se ao cancro no pâncreas, no final da tarde de quarta-feira, 5 de outubro de 2011, declarou a Apple.




Steven Paul Jobs nasceu em São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos da América, a 24 fevereiro de 1955. Os pais biológicos Joanne Simpson e Abdulfattah Jandali, estudante e professor no Ensino Superior, respetivamente, que não eram casados, entregaram-no para adoção. Foi um casal de classe média-baixa que o adotou: Paul e Clara Jobs. Steve Jobs casou com Laurene Powell Jobs, em 1991.

Desde pequeno que demonstrava um enorme interesse por tudo o que tivesse a ver com equipamentos eletrónicos. Chegou a estudar Arte durante algum tempo, mas foi sem sombra de dúvida a área da informática que o apaixonou e fez viver a vida intensamente, junto da sua família. Depois de conhecer Steve Wozniak, Jobs fundou com ele a Apple Computer, em 1976. O sucesso da empresa cavalgou tão velozmente que aos 25 anos Steve Jobs já era um empresário de um destaque absolutamente notável. Em 1985, viu-se obrigado a deixar a empresa, tendo de seguida fundado a NeXT. No ano seguinte, em 1986, adquiriu a Pixar da Lucasfilm, conhecida pela nova linguagem de animação em 3D utilizada nos desenhos animados. Em 2006, a Walt Disney Company comprou a Pixar. Em 1996, a Apple comprou a NeXT Computer a Steve Jobs. Regressou à Apple como consultor, em 1997, quando a empresa atravessava um período financeiro difícil. Em 1998, passados apenas seis meses depois de voltar à Apple, Jobs consegue que a empresa dê lucro novamente. Em 2011, recomenda Tim Cook para seu sucessor na Apple, por acreditar que é o momento certo para o fazer. 


Assista à última apresentação pública do ex-Chief Executive Officer (CEO) ou ex-Diretor Geral da Apple, durante a Worlwide Developers Conference da Apple (WWDC) 2011, realizada em junho deste ano, quando apresentou os novos produtos OS X Lion, iOS 5 e iCloud. 







Steve Jobs trabalhou arduamente e sempre com um absoluto fascínio por aquilo que fazia. O trabalho desenvolvido por Jobs representará para sempre na Apple um gigante trampolim para o futuro, nas áreas das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). O Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad são apenas algumas das brilhantes criações deste inigualável diretor executivo que marca tão extraordinariamente a vida de milhares de pessoas.

Jobs amava a mulher e os filhos. Eles eram o pilar deste extraordinário ser humano. 


Veja o discurso considerado mais marcante de Steve Jobs, proferido a 12 de Junho de 2005, na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Fala sobre a vida, o trabalho e a morte. Este é um dos vídeos mais vistos na Internet. 









O seu intensivo trabalho e a sua paixão pelo que fazia deixarão indubitavelmente marcas profundas de grande inovação, que jamais serão esquecidos. Se aceder ao site da Apple, poderá ler o seguinte comunicado:

"A Apple perdeu um visionário e um génio criativo, e o mundo perdeu um ser humano incrível. Aqueles que tiveram a sorte de conhecer e trabalhar com o Steve perderam um amigo e um grande mentor. Steve deixa uma empresa que só ele poderia ter construído e o seu espírito será sempre o alicerce da Apple".

É com enorme tristeza que aqueles que tiveram a oportunidade de o conhecer pessoal e, ou, profissionalmente dizem adeus a este memorável homem.




Por: Madalena Silva