Entrevista com
Hugo Sequeira “Acredito que iremos sobreviver”
Foi com cortesia e bom-humor que estivemos à conversa com Hugo Sequeira, numa interessante entrevista sobre o seu percurso pessoal, profissional e académico.
Aos 33 anos, estuda Ciências da Comunicação – Comunicação Pública, Política e Intercultural, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e “espera poder trabalhar em algo ligado à Política no futuro”.
POR MADALENA SILVA
Observando (O) – Antes de mais, talvez queira começar por apresentar-se?
Hugo Sequeira (HS) – Sim, claro. O meu nome é Hugo Sequeira. Nasci no dia 1 de dezembro de 1977. Tenho 33 anos. Sou natural de Sever, Concelho de Santa Marta de Penaguião, Distrito de Vila Real. Fui educado com os meus pais e a minha irmã. Vivo em Fontes, Santa Marta de Penaguião. Sou católico. Sou casado e tenho duas filhas, a Maria e a Inês. Trabalho como ferroviário na empresa Comboios de Portugal (CP) há 10 anos.
O – Com que idade começou a trabalhar?
HS – Comecei a trabalhar aos 20 anos. Estudei até ao 12.º ano. Depois, interrompi os meus estudos por opção própria, pois surgiu-me uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho. Fui trabalhar para a empresa Caves Santa Marta. Estive lá de março de 1997 a agosto de 1999, onde desempenhei tarefas de empregado de armazém.
O – Quando retomou os seus estudos e porquê?
HS – Em 2007. Senti a necessidade de ir em busca de algo mais, no que diz respeito à minha formação académica. Persegui, assim, um dos meus objetivos pessoais e licenciei-me, em 2010, em Ciências da Comunicação, na UTAD.
O – Está no 2.º ano do Mestrado em Ciências da Comunicação – Comunicação Pública, Política e Intercultural. Por que é que escolheu esta variante: Comunicação Pública, Política e Intercultural?
HS – A minha escolha pela variante de Comunicação Pública, Política e Intercultural deve-se ao facto de desde cedo ter muito interesse pela comunicação, pelos jogos de palavras usados pelos políticos e suas estratégias para fazer passar uma determinada mensagem.
O – Esta variante está a corresponder às suas expectativas?
HS – Não muito, pois acho que deveria ser mais prática. Aguardo com expectativa o decorrer deste segundo ano.
O – Acha que este Mestrado pode ajudá-lo a abrir novas portas no mercado do trabalho?
HS – As dificuldades que o país atravessa fazem-me ter algumas dúvidas, mas penso que sim.
O – É uma pessoa ligada à Política?
HS – De momento, não tenho nenhuma ligação com a Política, mas está nos meus planos. No futuro, espero poder trabalhar em algo ligado à Política.
O – Tem um partido político?
HS – Tenho, mas não me encontro filiado.
O – Quer referir o nome do seu partido?
HS – Prefiro não o fazer.
O – Acredita no funcionamento da Política, em Portugal?
HS – Tenho que acreditar, ou melhor, todos têm que acreditar, pois as coisas não estão fáceis e o país está a atravessar momentos únicos que necessitam de políticos competentes.
O – Acredita nos políticos portugueses?
HS – Acredito. Não acredito é nos grupos económicos que os influenciam.
“Anos de desperdício”
O – O que acha desta crise económica e social em que vivemos?
HS – Acho que é o resultado de anos de desperdício e de pouco rigor por parte de todos os políticos que estiveram no poder. Nos momentos em que se devia ter procedido a reformas estruturais profundas, os políticos adiaram e hoje estamos a pagar por isso.
O – O que acha das novas medidas de austeridade?
HS – Sem ter grande conhecimento dos números reais do défice, acho que são duras, mas necessárias. Resta esperar que não surjam mais “buracos” escondidos a pôr tudo em causa.
O – Acha que os portugueses vão aguentar todas as medidas de austeridade que lhes têm sido impostas até ao momento?
HS – Penso que sim. Já demonstrámos ter capacidade de luta e união e este será um momento de pôr à prova todas estas competências que nos são reconhecidas.
O – Acha que Portugal vai sobreviver a esta crise?
HS – Só resta uma saída ao nosso país: cumprir as metas impostas e reverter a situação. Acredito que iremos sobreviver.
“Fotografar e conviver com os amigos”
HS – Os artigos que escrevo semanalmente para um jornal da minha região, o “O Arrais”, entre outros.
O – Gosta de ver televisão?
HS – Sim. Gosto de assistir ao “Telejornal”, no canal 1 da Rádio e Televisão de Portugal (RTP1); ao “5 Para a Meia-Noite”, na RTP2; ao “Fica a saber”, na UTAD TV; entre outros. Quando era mais pequeno, gostava de assistir ao programa de desenhos animados do “Dartacão”, que passaram na RTP e depois na TVI. Atualmente, os meus programas preferidos são os debates e comentários políticos, emitidos na TV por cabo.
O – Qual é a música que gosta de ouvir?
HS – O Pedro Abrunhosa e os Guns N' Roses.
O – É simpatizante e, ou, sócio de algum clube de futebol?
HS – Sim, sou simpatizante e sócio do Futebol Clube do Porto (FCP).
O – Quais são os seus atletas preferidos?
HS – São os ex-futebolistas portugueses Domingos Paciência e Vítor Baia.
O – O que gosta de fazer nos seus tempos livres?
HS – O que mais gosto de fazer é fotografar e conviver com os amigos. Gosto imenso de sair com um grupo de amigos, com o qual vivo momentos inesquecíveis de diversão.
O – O que mais aprecia numa pessoa?
HS – A sinceridade e a capacidade de luta.
O – E o que menos aprecia numa pessoa?
HS – A hipocrisia.
O – Como se descreve a si próprio?
HS – Um lutador pelos “sonhos” que desde novo persigo, com a convicção de que com muito trabalho e muita dedicação são possíveis de alcançar.
Sem comentários:
Enviar um comentário