domingo, 23 de outubro de 2011


Frederico Correia e Joel Teixeira: dupla do Douro no Porto Canal 




No passado dia 20, às 18 horas, ocorreu o segundo workshop de Jornalismo Televisivo, no âmbito da iniciativa intitulada “Workshops de Jornalismo –LABJORNAL I”, no Complexo Pedagógico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Frederico Correia e Joel Teixeira foram os oradores deste segundo workshop. Relatar experiências profissionais e dar a conhecer a rotina de uma equipa de reportagem televisiva foram dois dos objetivos deste evento.

Frederico Correia
Frederico Correia nasceu a 20 de junho de 1985 e vive em Vila Real. É Jornalista na empresa Porto Canal na mesma cidade, desde julho de 2010 até à data. Trabalhou no Mensageiro de Bragança dois anos e meio, até junho do ano passado. Licenciou-se, em 2007, em Ciências da Comunicação, na UTAD. Na mesma Instituição obteve mais tarde, em 2010, o grau de Mestre em Ciências da Comunicação – Jornalismo. Uma curiosidade a respeito de Frederico Correia: em tenra idade, jogou no Sport Clube de Vila Real, no qual viria a ser treinador mais tarde. Atualmente, diz que a sua “ligação é de simples adepto”. 


Joel Teixeira
Joel Teixeira nasceu a 23 de maio de 1989 e também vive em Vila Real. Foi Repórter de Imagem na empresa Visão Norte (TVI), na cidade onde vive, de setembro de 2009 a fevereiro de 2010. É atualmente Repórter de Imagem na empresa Porto Canal, em Vila Real, desde janeiro de 2011 até à data. Em 2007, concluiu o Curso de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade na Escola Profissional do Nervir, em Vila Real.
Foi com boa disposição que Frederico Correia e Joel Teixeira deram início ao workshop. Tinham muito para propor aos presentes, mas as duas horas de duração do mesmo eram demasiado curtas para levar a cabo todas as atividades que gostariam de realizar, sobretudo as mais práticas.

Importância da relação de trabalho entre jornalista televisivo e repórter de imagem 

Frederico Correia começou por frisar a importância que o repórter de imagem tem na vida do jornalista. Explicou que é necessário haver uma boa relação de trabalho entre os dois profissionais, para que o produto final seja aquele que se anseia. Acrescentou que sem o profissionalismo do repórter de imagem, a reportagem pode estar comprometida. “Nem tudo é um mar de rosas no jornalismo televisivo”, confessou. Ao longo do tempo em que se vai trabalhando, apercebe-se que nem tudo funciona como gostaríamos que funcionasse, partilhou. Para Frederico Correia, a paixão pelo Jornalismo fala mais alto: acredita que ajuda a tornar a vida de qualquer jornalista mais fácil face às dificuldades que às vezes surgem no dia a dia. De cada vez mais se gosta de fazer notícias e isso é realmente muito bom, concluiu com entusiasmo.

Paixão pela fotografia

Joel Teixeira fez questão de esclarecer no início que não é licenciado, mas que sempre nutriu uma grande paixão pela fotografia (site Olhares Fotografia Online e blogue). Apesar de ser jovem, soube agarrar as oportunidades de trabalho que lhe foram surgindo ao longo da sua ainda curta carreira. Terminou o Curso de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade, tendo ido trabalhar como fotógrafo numa loja, onde pôde desenvolver algumas das suas capacidades técnicas. Foi lá que também alimentou a paixão pela fotografia e adquiriu alguma experiência. Este foi um dos importantes trampolins para o atual trabalho que abraça na empresa Porto Canal.

Erros mais comuns e dificuldades no terreno 

Ambos apresentaram vários vídeos da sua autoria, com o intuito de explicar aos presentes alguns erros que eles próprios cometeram no terreno e que podem ser cometidos por qualquer equipa de reportagem televisiva.

De tripé e câmara de vídeo montados e microfone em mão, foi feita uma demonstração das posturas corretas que o jornalista e o repórter de imagem devem ter quando estão a gravar.


Frederico Correia e Joel Teixeira aproveitaram para falar sobre a reportagem que fizeram aquando do incêndio que, no dia 9 de setembro de 2011, deflagrou no Concelho de Vila Real e depressa chegou a quatro aldeias de Sabrosa, colocando algumas casas em perigo. O Jornalista referiu a angústia em que qualquer equipa de reportagem pode sentir no terreno numa situação destas. Se é certo que a equipa está no local para cobrir a notícia, também é certo que a mesma é composta por seres humanos que não ficam de forma nenhuma indiferentes ao desespero das vítimas de incêndio. Enquanto equipa de reportagem, existe uma vontade incontrolável de registar tudo quando se pode observar, pois afinal serão os olhos, os ouvidos e o nariz de quem lá não esteve, revelou Frederico Correia. Mas esta vontade vem acompanhada de um forte sentimento de solidariedade pelas vítimas que abala qualquer pessoa. Depois, não se pode esquecer que esta equipa de reportagem pode correr risco de vida, tal como a dos bombeiros, das vítimas e de todos aqueles que decidem ajudar em situações semelhantes. São situações muito difíceis de gerir, concluiu.

Assista abaixo ao vídeo da reportagem que fizeram aquando do incêndio, no passado dia 9 de setembro.





Foi assim num ambiente descontraído mas profissional que se pôde ouvir o Jornalista e o Repórter de Imagem a relatar as suas experiências profissionais. No final, os participantes ficaram com uma ideia do que é a rotina de uma equipa de reportagem televisiva.

Este evento foi da responsabilidade de Inês Aroso, docente de Laboratório de Jornalismo, da Direção do Mestrado em Ciência da Comunicação e da Direção do Departamento de Letras, Artes e Comunicação (DLAC), da UTAD.


Por: Madalena Silva
Em: 21/10/2011

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